quarta-feira, 27 de novembro de 2013

SEJA UM PROFISSIONAL SUSTENTÁVEL

Por Caio Lauer

Desenvolver uma carreira sustentável nos dias atuais é estar em sintonia com os valores éticos, as crenças e a missão da organização para a qual está trabalhando. Um profissional sustentável, além de eficiente, gera retornos quantitativos e, principalmente qualitativos para uma empresa.

Falar na relação de sustentabilidade entre profissional e empresa é pensar em uma troca justa e de desenvolvimento para ambos – a valorização de questões exclusivamente de salário e de benefícios ficou no passado. Hoje, o que um funcionário busca é a identificação com a causa da organização, a satisfação de conviver bem no dia a dia com os colegas, um bom clima organizacional para desempenhar as atividades, e que receba investimentos para o desenvolvimento de sua carreira.

De acordo com Nelson Vieira, Master Coach e palestrante motivacional, para ter uma carreira sustentável é preciso gostar do que faz, e o retorno financeiro será uma consequência do reconhecimento do mercado e do trabalho que executa com prazer. “Se uma pessoa faz o que não gosta, precisará de muito esforço para obter sucesso, o que pode acarretar doenças físicas e mentais, impactando diretamente na satisfação e na felicidade”, alerta.

Postura do profissional
Ética, respeito, espírito de equipe, cumplicidade e conhecimento técnico são alguns dos elementos que fazem com que um profissional tenha uma postura sustentável em relação à empresa onde atua. Esta conduta só é possível por meio do desenvolvimento das competências de cada um, alimentando colaboradores mais autoconfiantes, gerenciáveis por si próprios e com capacidade de atualização.

“Quando falamos em liderança sustentável, por exemplo, estamos citando o profissional que consegue desenvolver pessoas, transmite conhecimento, tudo isso atrelado aos objetivos da empresa”, explica Caroline Calaça, Diretora  da Development e especialista em Coaching Corporativo. Para a Diretora, planejar a carreira é uma premissa para ter uma vida profissional sustentável. “Quando o indivíduo tem uma noção de onde quer chegar, de tempos em tempos, faz com que o planejamento seja gradual. 
É importante estabelecer alguns marcos para que saiba quais serão as etapas fundamentais para chegar onde deseja”, indica Caroline.

Empresas e profissionais são organismos vivos, portanto, ter atitudes sustentáveis para a carreira e para os negócios é buscar o equilíbrio entre as pessoas e o contexto social.

Publicado no Portal Carreira & Sucesso. Publicação digital da Catho, em 22/11/2013.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

BREVE REFLEXÃO SOBRE EMPREENDEDORISMO E SUSTENTABILIDADE


Por Plínio José Figueiredo Ferreira

As discussões sobre empreendedorismo e sobre sustentabilidade estão cada vez mais presentes no dia-a-dia dos indivíduos e das comunidades. Muito mais do que palavras ou conceitos, estes dois princípios devem fazer parte da filosofia de vida das pessoas e, por via de consequência, das organizações, estimulando atitudes, comportamentos, desafios e estratégias.

Empreendedorismo é a arte de realizar através da capacidade de transformar cada desafio em oportunidade. Empreendedor é aquele que pratica o empreendedorismo como forma de transformar a realidade participando efetivamente para mudar o status quo em benefício do bem estar individual e coletivo, presente e futuro, tomando ações inovadoras, sustentadas e sustentáveis.

Sustentabilidade, segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, é a capacidade do ser humano de interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. O princípio da sustentabilidade deve ser aplicado nos empreendimentos (sustentabilidade empresarial), nas comunidades/cidades, e, por extensão, no planeta inteiro. Está intimamente ligada ao conceito de ecossistema.

O conceito de ecossistema começa no ser humano (nosso corpo físico é um ecossistema) como parte de um sistema maior que está, ou deve estar em permanente equilíbrio. Quando este equilíbrio é afetado ele será restaurado, obrigatoriamente, através da evolução ou de uma revolução. Para que não seja necessária a revolução, algumas ações “naturais” devem ser tomadas. Aí entram a educação empreendedora, o comportamento empreendedor e a atitude empreendedora.

Atualmente rotula-se como empreendedora aquela pessoa que “monta um negócio”, sai da informalidade e recolhe taxas e impostos aos cofres públicos. Incentiva-se o “empreendedor individual” a tomar financiamentos para expandir seu negócio.
Ainda falta, talvez, associar a educação empreendedora ao princípio da sustentabilidade; associar o empreendedorismo a uma estratégia ecologicamente correta, mas que seja economicamente viável e socialmente justa.
Ainda falta, talvez, difundir que sustentabilidade é um conceito sistêmico. As preocupações ecológicas devem ser vistas como oportunidade de negócios, utilizadas como vantagem competitiva, e que não se opõem às preocupações econômico-financeiras e de resultados. E aí está a arte de empreender.



Plínio José Figueiredo Ferreira é Administrador pela UFBA e Pós-Graduado pela FGV-EAESP. Foi Executivo Administrativo e Financeiro em empresas industriais, comerciais e de serviços em São Paulo e na Bahia. Professor Universitário até 2006. Palestrante. Professor em Cursos de Educação Continuada e Extensão Universitária. Autor de artigos sobre Gestão Estratégica. Membro do Corpo de Especialistas (árbitros) da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Associação Comercial da Bahia. Sócio-Diretor da Habilitas Consultoria em Gestão Empresarial. Coordenador Geral de Cursos no Ilex – Instituto Lex de Educação e Desenvolvimento. (plinio@habilitasconsult.com)