quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O PERFIL PROFISSIONAL NA ERA DO CONHECIMENTO

Por Plínio José Figueiredo Ferreira

“OS PROBLEMAS QUE EXISTEM NO MUNDO NÃO PODEM SER RESOLVIDOS A PARTIR DOS MODOS DE RACIOCÍNIO QUE DERAM ORIGEM AOS MESMOS”.
ALBERT EINSTEIN

O profissional da era do conhecimento deve confiar na sua intuição, ter coragem, ter ambição, usar sua inteligência emocional, e, sobretudo, ter pensamento e visão sistêmica.

O profissional da era do conhecimento, principalmente o profissional de administração, deve ter a capacidade de transformar informação em conhecimento para ter a competência de identificar, diagnosticar e resolver problemas. E resolver problemas significa buscar as causas que deram origem aos mesmos, e não somente eliminar as consequências. Sem identificar a causa o problema voltará a acontecer

Temos muita dificuldade em pensar de forma sistêmica porque nosso aprendizado é feito de forma fragmentada; não aprendemos a estabelecer a relação de causa e efeito. As nossas decisões são casuais, quando deveriam ser causais. Resolvemos os problemas tentando eliminar as consequências, porque elas pedem uma solução imediata ao se tornarem urgentes. Há pressa em “apagar o incêndio”, senão o estrago será muito grande. A causa ficará latente e exigirá outra solução imediata quando aparecer outra consequência. E o círculo vicioso estará estabelecido.

Stepen Covey identifica dois momentos, no mundo da gestão – a era industrial e a era do conhecimento – que se misturam nos conceitos e nas práticas. Esta mescla, com tendência para um lado e para o outro, existe porque ainda pensamos fora de época. Este anacronismo se verifica porque praticamos conceitos da era industrial, e a era industrial já foi, embora para alguns ela ainda sobreviva. Pensamos de forma mecanicista, não sistêmica.

Na era do conhecimento os conceitos e as práticas devem mudar; os resultados devem ser grupais. O conceito de concorrente muda; a tônica deve ser a parceria. Na organização, com os clientes internos e externos, o profissional deve ser um bom jogador de frescobol, e não um jogador de tênis. A diferença é que no jogo de tênis a bola é jogada para o adversário não pegar; somente um ganha. No jogo de frescobol o objetivo é não deixar a bola cair, isto é, a bola é jogada de forma que o parceiro sempre a alcance. Assim, fica fácil verificar como a bola deverá ser jogada e recebida. Tem-se a visão do jogo como um todo, bem como do ritmo; ambos ganham.

No mundo globalizado onde as incertezas são muito grandes, as mudanças são muito rápidas e a informação é on line-real time, os problemas dos países, e das organizações, são semelhantes, mas as soluções deverão ser contextuais; portanto é de fundamental importância que se pense de forma global e que se enxergue de forma sistêmica, buscando sempre a sinergia.

O grande problema que o profissional da era do conhecimento enfrenta diz respeito à percepção e à compreensão da realidade. Problema maior é definir esta realidade porque envolve a necessidade de mudança de paradigma. E a mudança de paradigma envolve mudança de valores.

O PODER DE MUDAR NÃO ESTÁ NOS GRANDES CHEFES OU NA POLÍTICA DAS ORGANIZAÇÕES, E SIM EM CADA INDIVÍDUO.


Plínio José Figueiredo Ferreira é Administrador pela UFBA e Pós-Graduado pela FGV-EAESP. Sócio-Diretor da Habilitas Consultoria em Gestão Empresarial. Palestrante e Professor em cursos de Educação Continuada e Extensão Universitária. Autor de artigos sobre Gestão Estratégica. Membro do Corpo de Especialistas (árbitros) da Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem da Associação Comercial da Bahia. Assessor de Planejamento e Gestão da FAPEX – Fundação de Apoio à Pesquisa e à Extensão.




domingo, 9 de outubro de 2011

STEVE JOBS E A INTUIÇÃO

Por Sergio Antonio Meneghetti

Mais um ícone cumpre com a sua importante parte no desenvolvimento do planeta azul.

Procurei ler um pouco sobre este software humano e tentar descobrir um pouco da origem da sua genialidade, e como já esperado, encontrei parte da chave da mente brilhante do nosso amigo: trabalho, perseverança e atenção a “intuição”.

Geralmente o novo vem pelo processo intuitivo, cabe ao receptor ter a bagagem acadêmica e prática para materializar a ideia, é lógica pura.

Curiosamente o ponto mais avançado da matéria ou ciência, nasce no intimo imaterial, mostrando que nada está desligado neste universo.

Segue pensamentos de Steve Jobs extraído do site Pensador.Info na UOL e SBT:

Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.
No tempo em que Steve Jobs comandou a Apple a empresa pouco se preocupava em fazer pesquisas sobre o lançamento de novos produtos. Porque ele sempre se antecipava.

E citava Henry Ford, que fez automóveis em grande quantidade, para justificar que a intuição e o conhecimento funcionam melhor do que uma pesquisa.
 

Steve Jobs

Fica a minha gratidão a este irmão que pelo seu trabalho melhorou a minha vida.

Na minha visão sobre o assunto intuição, ouso a lançar o seguinte pensamento:

A Ciência, À Ciência, Há Ciência.

Enquanto o homem debruça sobre pedras mortas, tentando desvendar nos velhos escritos os mistérios da vida pela razão, a ciência nova traz mensagens cristalinas de forma clara e rápida através da Intuição.

A primeira é analítica e requer muito conhecimento, esforço econômico, pessoal, tecnológico e tempo.
A segunda é sintética e requer a lapidação moral do ser humano, conhecimento e esforço pessoal.
A primeira requer análises, interpretações e teorias.
A segunda requer percepção, interpretações e aprendizado.
A primeira estuda o passado.
A segunda lança o homem no futuro.
A primeira está restrita no espaço e tempo.
A segunda está aberta ao absoluto.
A primeira se limita à razão.
A segunda é ilimitada.
A primeira é o bagaço de todos os valores milenares.
A segunda é o suco essencial para dar vida aos milênios que virão.
A primeira é um degrau que se vai.
A segunda é a plataforma que se ascende.
A primeira vos fez homens.
A segunda vos fará anjos.
A primeira vos tirou da ignorância do barro em que fostes gerado.
A segunda vos mostrará os mistérios dos céus de onde fôreis emanados.
A primeira vos acorrentou nos princípios.
A segunda vos libertará pela excelsa finalidade.

A ciência, produto do labor humano, escada que leva ao conhecimento da intimidade da matéria, é esta lente que permite vasculhar o universo micro e macro, mostrando-nos todo um mecanismo perfeito e complexo.

E quando essa ciência não puder dar mais respostas, a ciência proveniente da evolução do ser dará respostas por processos internos onde não será necessário reunir dados para explicar os fenômenos, mas esse processo será entendido como um todo numa rápida visão através da percepção intuitiva. 

“A Intuição é a ciência endereçada à ciência, porque nela há ciência”.
(texto extraído do livro “Liberdade da Consciência”, capitulo “Ciência e Religião” da editora “Biblioteca 24Horas”).

Sergio Antonio Meneghetti
Embaixador Universal da Paz  - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix  
Autor dos livros:
- “Intuição, Ferramenta de Trabalho”
- “Liberdade da Consciência”