terça-feira, 2 de agosto de 2011

SUN TZU E O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (A ARTE DA GUERRA)

Por Plínio José Figueiredo Ferreira
A Lei da Guerra, segundo André da Silva Bueno, autor da versão de 2009, teria sido escrita durante o período dos Estados Combatentes, época calamitosa para a China Antiga, entre 481 e 221 a.c.  
Em artigos anteriores, escrevi que planejar é seguir uma metodologia; planejar é organizar, de forma sistemática, todas as ações que nos leva a alcançar os objetivos definidos.
SUN TZU, em A Arte da Guerra, nos mostra, logo de início, que “A guerra é de vital importância para a nação. É o domínio da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a destruição. É necessário avalia-la corretamente”.
Ainda, “Existem cinco coisas que devemos conhecer para prever o desfecho da guerra: o caminho, o tempo, o terreno, a liderança, e as regras”.

Aquelas “cinco coisas” podem ser muito bem utilizadas como metodologia para desenvolvimento de um planejamento estratégico, e ser muito bem conhecidas pela administração.

A analogia é a seguinte:
1.    Identificar o caminho significa saber para onde a organização quer ir. E, lógico, uma determinante para chegar aonde se quer;
2.    O tempo significa, ou mostra, que em todo planejamento é necessário definir o horizonte temporal, o intervalo de tempo para percorrer o caminho sem perda de tempo;
3.    O terreno significa que é necessário conhecer o mercado em que atuamos e as suas potencialidades; também o terreno do caminho que vai ser percorrido;
4.    A liderança significa que as pessoas que fazem parte da organização devem ter qualidades e capacidades para trilhar o caminho, sem perda de tempo e conhecendo o terreno;
5.    As regras significam que a organização deve ter uma estrutura adequada para ser eficiente e eficaz.
SUN TZU diz ainda que existem sete fatores fundamentais que não devem ser esquecidos e ponderados com cuidado, ao planejar, que transporto para as organizações:
1.    Qual gestor segue o caminho?
2.    Qual o líder mais talentoso?
3.    Qual organização aproveita o terreno?
4.    Que organização tem as melhores regras?
5.    Quais as áreas mais fortes? (pontos fortes e pontos fracos)
6.    Qual organização é mais bem treinada? (capacidades e competências)
7.    Qual organização administra as recompensas e “castigos” de acordo com as regras?

Interessante refletir sobre isso.

Administrar uma organização é estar em um campo de batalha. A grande diferença é que as conquistas feitas não dependem de matar o inimigo, e sim estar sempre atento à competitividade entre os concorrentes (não adversários ou oponentes).
Ganhará a “guerra” aquela organização que souber o caminho a seguir, no tempo certo, usando suas lideranças e tendo regras muito bem definidas.


Plínio José Figueiredo Ferreira é sócio-Diretor e Consultor da HABÍLITAS Consultoria e Gestão.

Um comentário:

  1. Olá Plinio!
    Quem nunca leu o Livro a arte da guerra? Não deveria perder mais tempo!!!
    Quando começei a estudar Economia lembro-me do meu professor indicar a leitura desta obra e de pronto atendi a sua orientação. O conteúdo tem muito a ver com o ambiente corporativo, na verdade é uma guerra, não no sentido de "matar" um a outro como explanado no texto, mas de conquistar mercado usando todo e qualquer meio legal e legitimo para a tal conquista.
    Na verdade é uma guerra, onde os "Combatentes" somos nós que dia a dia nos preparamos para as batalhas de toda sorte.
    Parabéns pelo texto meu amigo e desculpe-me o tempo que demorei para participar deste excelente espaço. Sucesso!!!!

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