Por Ivan Postigo
O futuro é o destino ou o destino é o futuro?
Ora, o que é o futuro e qual será o destino?
Seria este o grande mistério da vida?
Se for, ainda não nos demos conta. Afinal poucos pensam e tratam deles, e muitos só se preocupam quando procuram ajuda na arte de prevê-los.
Diz o ditado que melhor do que prever o futuro é criá-lo!
No filme o Último Samurai, aliados, o capitão americano Nathan Algren e o samurai Katsumoto Moritsugu estão conversando antes da batalha, refletindo sobre as desvantagens que terão que enfrentar em número de soldados e potencial das armas. Algren, então, fala sobre a Batalha das Termópilas, onde 300 guerreiros gregos enfrentaram por dois dias um milhão de guerreiros persas, quando foram derrotados e mortos. Nesse período, cobraram um preço tão alto em vidas que os persas perderam a vontade de lutar.
Katsumoto, então, pergunta: - Você acredita que um homem pode mudar o seu destino?
Algren responde: - Acho que um homem faz o que pode até o destino se revelar!
O futuro poderá ser uma projeção do passado, portanto temos que conhecê-lo. É a melhor forma de evitar a repetição de erros, também.
Ler e ouvir sobre o passado não é suficiente quando podemos conviver com quem ali esteve, e no corpo e alma traz as cicatrizes.
Pelo retrovisor, não vemos apenas quem e o que ficou para trás, mas quem e o que vem vindo!
A flecha que derruba o guerreiro não tem seu disparo efetuado nem no futuro, nem no presente, mas no passado. Ao conhecê-lo, o guerreiro, a flecha, o encontro podem ser evitados. Quando não, o disparo contra este pode ser antecipado.
Como se o tempo não fizesse do futuro fato definitivo, o conhecimento faz com que o presente mude o que seria passado!
O que fazer do presente, quando este exige novos caminhos?
Nossa historia, quando registra sucesso, podemos retomá-la, com a volta às origens. Do passado, fazemos o futuro!
Quando o presente se mostra interessante, sem um passado glorioso, podemos investir nas ideias que dão certo e renovar aquelas que merecem uma nova roupagem. Sem perder de vista as lições aprendidas com a historia.
Quando os fatos não recomendam, pelo passado e presente, podemos inovar.
A palavra tem sua origem no latim, innovatio, e se refere a uma ideia, método ou objeto criado e aplicado, sem referências anteriores.
Descontentes por terem que remar para não ser levado pelas correntes e pelos ventos, o homem criou a vela triangular.
Não podiam mudar os fatos, mas podiam mudar os rumos. Como navegadores, na vida, não podemos mudar os ventos, mas podemos ajustar as velas.
O marinheiro sabe que é o vento passado que empurrou o barco, mas com o movimento presente pode colocá-lo em direção ao destino.
E o que é o destino?
Destino são os imperceptíveis pontos de descanso no trajeto rumo ao futuro.
Ora, e o que é o futuro?
São as estradas e correntes que nos levam logo ali!
Ivan Postigo é Diretor de Gestão Empresarial da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão. Articulista, Escritor, Palestrante
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