Por Ivan
Postigo
Nossa mente é
impressionante. Uma palavra, uma imagem, nos remete a análise de situações que
sequer estávamos levando em consideração naquele instante.
Por essa
razão, a melhor forma de “turbinarmos” nossa criatividade e melhoramos nossos
resultados é nos colocarmos em movimento.
Há momentos
em que, mesmo nos dedicando para encontrar a solução para um problema, nos
sentimos presos num labirinto. A pergunta é: O que fazer?
Pare! É hora de sair, conversar, olhar a
questão sob um novo ângulo.
Dia desses
convidei meu filho para acampar, enquanto ele ria e me dizia que achava que
estava numa nova fase, do conforto, frigobar e dos lençóis limpos, um filme
passava pela minha cabeça.
“Via e
ouvia”, nitidamente, seus amigos chegando à nossa casa, dizendo que haviam passado
nos vestibulares, em escolas que não imaginavam um dia conseguir aprovação.
A frase era
sempre a mesma: “Nossa, nunca imaginei conseguir!”.
Uma verdade
para o lado consciente, uma inverdade para o inconsciente.
A voz
interior, aquela que deixamos de ouvir, dizia a eles para estudarem, fazerem as
inscrições para os vestibulares, realizarem as provas e irem ver os resultados;
enquanto o lado consciente dizia, tudo bem, mas não vai dar certo!
Quando eu
lhes perguntava: “Você nunca acreditou nisso, então porque fez a inscrição e as
provas?”.
Acredite, a
resposta sempre era: “Ah, lá no fundo eu tinha uma pequena esperança!”.
Na vida tudo
é assim. Temos que nos preparar, mas principalmente dar ouvidos à voz interior
e uma chance àquela pequena chama: a esperança.
O tempo
passa, nos formamos, nos tornamos profissionais e cada vez ouvimos menos a voz
interior.
Isso me
remeteu a outra questão, a dos resultados de muitas empresas e como são
administrados.
Os primeiros
meses do ano não lhes trouxeram uma contribuição satisfatória, o semestre praticamente
se encerra sem nenhuma mudança no panorama, e pior, não conseguem prever o que
vai acontecer daqui para frente.
Uma correção!
Conseguem sim prever, mas não se arriscam a colocar no papel e enfrentar a
questão.
Empresas com
essa configuração são dependentes de uma melhoria substancial no mercado. A voz
interior já está lhes dizendo que nesse ritmo os resultados serão os mesmos, há
necessidade de ação.
O “planejamento”
que fazem são cópias fiéis do cenário desenhado para o ano que se encerrou,
apesar de não tê-los atingidos.
Um plano,
partindo da base zero, estabelecendo novas metas e compromissos, traz um enorme
risco.
No mundo dos
negócios duas coisas são constantes: mudanças e riscos. Resultados diferentes jamais
serão conseguidos com as mesmas atitudes.
Imagine o
atleta que treina para uma olimpíada. Ele terá aquela chance, só aquela.
Alguns
esportes são coletivos, mas o que dizer dos individuais?
Nos negócios,
como no esporte, as regras são: Aprenda, treine com os melhores, estabeleça
suas metas, se comprometa , vá lá e traga o resultado.
Considere que
você como gestor é um atleta olímpico e terá pela frente seus concorrentes
nessas provas, que medalha acredita que conseguirá este ano?
Você já
conhece as regras, está procurando aprender, tem estudado as questões que
dificultam sua empresa de obter melhores resultados, tem procurado os melhores
colaboradores, já estabeleceu suas metas, está comprometido?
Ótimo, agora
ação!
Sem correr os
riscos não obterá os resultados. Corra, salte, nade, faça o que o seu esporte determina,
mas se arrisque a conseguir uma medalha!
Ivan Postigo é Economista, Bacharel em Contabilidade,
Pós-graduado em Controladoria pela USP. Diretor da Postigo Consultoria de
Gestão Empresarial. Autor do livro: Por que não? Técnicas para Estruturação de
Carreira na área de Vendas.
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