Por João Dias de Queiroz
Para
surpresa de muitas pessoas, a educação a distância (EAD) já existe há muito
tempo. Na verdade, ela funcionava inicialmente usando o correio convencional
como meio de transporte de material – basicamente texto e figuras – entre o
professor e o aluno. Com a evolução das tecnologias de informação e
comunicação (TIC), a possibilidade de interação entre professor e alunos se
tornou muito mais ágil e eficiente, ampliando essa interação, na forma de
colaboração, principalmente entre os próprios alunos envolvidos nesta dinâmica
de aquisição e compartilhamento de conhecimento.
A partir
desta concepção mais recente, podemos afirmar que educação a distância é o
processo de ensino-aprendizagem que utiliza as tecnologias de informação e
comunicação para dar suporte à adequada convivência não presencial entre as
pessoas envolvidas neste processo, viabilizando a interação e colaboração que
levam à difusão e consequentemente, à aquisição de conhecimento. Neste novo
cenário, o professor deixa de ser o canal único de comunicação, para ser o
agente mediador no processo de construção do conhecimento entre os diversos
atores. Vivemos tempos de fartura de informação, e o papel do professor é
fundamental para que o grupo não perca o foco, e consiga ser objetivo e
produtivo, chegando a resultados que, mesmo a partir de ritmos individuais
diferentes, proporcionam benefícios concretos aos alunos.
Em um
mundo cada vez mais exigente em termos de valorização de pessoas com novos
conhecimentos e habilidades, e ao mesmo tempo repleto de restrições de
mobilidade urbana, a EAD torna-se uma opção natural para quem precisa adquirir
e reciclar conhecimentos, sem as restrições habituais e em ascensão de tempo e
deslocamento.
Com a
redução dos custos dos equipamentos de informática e a existência de serviços
de Internet relativamente rápidos e não muito caros, o acesso a um curso na
modalidade EAD hoje em dia torna-se plenamente viável, ao contrário do que
acontecia alguns anos atrás. Além disso, a maioria dos cursos oferecidos nesta
modalidade estão sendo disponibilizados para acesso em dispositivos móveis, o
que facilita ainda mais a sua utilização.
Quanto à
qualidade, os cursos oferecidos no modo EAD vêm tendo uma avaliação que em
muitos casos supera a dos cursos presenciais, desmitificando uma antiga crença
disseminada no ambiente educacional.
É
importante salientar que o aluno de um curso feito à distância deve adotar
algumas posturas que contribuirão para que possa ser bem sucedido. Em primeiro
lugar, é preciso fazer uma boa gestão do tempo ao longo do curso, para que as
atividades solicitadas sejam realizadas plenamente e no prazo estabelecido.
Caso contrário, o aluno se sentirá desestimulado a concluir o curso, assustado
com as pendências que crescem a cada dia, gerando uma sensação de impotência
e desânimo. Outra característica importante é a participação ativa nas
atividades coletivas (fórum de discussões, por exemplo), de maneira que haja um
equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo, de
forma que todos saiam ganhando. Finalmente, o aluno deve se familiarizar com o
ambiente de aprendizado on-line, para que possa participar de todas as
atividades previstas sem maiores dificuldades.
João Dias de Queiroz é Graduado em Processamento de Dados pela UFBA e Mestre em
Informática pela PUC-RJ. Doutorando no Doutorado Multi-institucional e
Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento – DMMDC, oferecido pela UFBA e
outras instituições parceiras. Professor da Escola de Administração da UFBA.
Vivência na área de Ciência da Computação com ênfase em Sistema de Informação,
principalmente em tecnologia aplicada à educação, e-learning, EAD e gestão do
conhecimento. Coordenador de e-learning no ILEX – Instituto Lex de Educação e
Desenvolvimento.
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