Por
Plínio José Figueiredo Ferreira
As
discussões sobre empreendedorismo e sobre sustentabilidade estão cada vez mais
presentes no dia-a-dia dos indivíduos e das comunidades. Muito mais do que
palavras ou conceitos, estes dois princípios devem fazer parte da filosofia de
vida das pessoas e, por via de consequência, das organizações, estimulando
atitudes, comportamentos, desafios e estratégias.
Empreendedorismo é a arte de realizar através da
capacidade de transformar cada desafio em oportunidade. Empreendedor é
aquele que pratica o empreendedorismo como forma de transformar a realidade
participando efetivamente para mudar o status quo em benefício do bem estar
individual e coletivo, presente e futuro, tomando ações inovadoras, sustentadas
e sustentáveis.
Sustentabilidade, segundo a Wikipédia, a enciclopédia
livre, é a capacidade do ser humano de interagir com o mundo, preservando o
meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras. O
princípio da sustentabilidade deve ser aplicado nos empreendimentos
(sustentabilidade empresarial), nas comunidades/cidades, e, por extensão, no
planeta inteiro. Está intimamente ligada ao conceito de ecossistema.
O
conceito de ecossistema começa no ser humano (nosso corpo físico é um
ecossistema) como parte de um sistema maior que está, ou deve estar em
permanente equilíbrio. Quando este equilíbrio é afetado ele será restaurado,
obrigatoriamente, através da evolução ou de uma revolução. Para que não seja
necessária a revolução, algumas ações “naturais” devem ser tomadas. Aí entram a
educação empreendedora, o comportamento empreendedor e a atitude empreendedora.
Atualmente rotula-se como empreendedora aquela pessoa que
“monta um negócio”, sai da informalidade e recolhe taxas e impostos aos cofres
públicos. Incentiva-se o “empreendedor individual” a tomar financiamentos para
expandir seu negócio.
Ainda falta, talvez, associar a educação empreendedora ao
princípio da sustentabilidade; associar o empreendedorismo a uma estratégia
ecologicamente correta, mas que seja economicamente viável e socialmente justa.
Ainda falta, talvez, difundir que sustentabilidade é um
conceito sistêmico. As preocupações ecológicas devem ser vistas como
oportunidade de negócios, utilizadas como vantagem competitiva, e que não se
opõem às preocupações econômico-financeiras e de resultados. E aí está a
arte de empreender.
Plínio José Figueiredo Ferreira é Administrador pela UFBA e
Pós-Graduado pela FGV-EAESP. Foi Executivo Administrativo e Financeiro em
empresas industriais, comerciais e de serviços em São Paulo e na Bahia.
Professor Universitário até 2006. Palestrante. Professor em Cursos de Educação
Continuada e Extensão Universitária. Autor de artigos sobre Gestão Estratégica.
Membro do Corpo de Especialistas (árbitros) da Câmara de Conciliação, Mediação
e Arbitragem da Associação Comercial da Bahia. Sócio-Diretor da Habilitas
Consultoria em Gestão Empresarial. Coordenador Geral de Cursos no Ilex –
Instituto Lex de Educação e Desenvolvimento. (plinio@habilitasconsult.com)
Gostei demais Plínio. Parabéns! Sou sua fã. Abraços. Rosa Graça
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