Por
Caio Lauer
A
linha entre saber delegar tarefas e ser autoritário pode ser bastante tênue.
Ter a habilidade de distribuir tarefas e projetos para a equipe é algo cada vez
mais exigido dos gestores, e o universo corporativo está extinguindo, pouco a
pouco, os chefes mandões.
Distribuir
tarefas exige confiança e também consciência por parte do gestor, pois o
liderado pode tomar ações e resolver questões com ideias diferentes e até
melhores em determinadas situações. “O líder precisa ser um inspirador. Ele
deve fazer com que a equipe acredite nos projetos desenvolvidos, pois desta
forma o time se envolverá e vai atingir as metas em parceria”, pontua Luiz
Wever, sócio da Odgers Berndtson, consultoria de seleção de altos executivos.
De acordo com Wever, a liderança é composta por conhecimento técnico,
capacidade de planejamento, comunicação e ética. “Estas características são
utilizadas no mercado de trabalho para avaliar gestores e conseguem sintetizar
bem os fundamentos de um bom líder”, explica.
Ambiente colaborativo
Ter um relacionamento saudável com o gestor é algo
bastante valorizado. De acordo com a última Pesquisa dos Profissionais
Brasileiros, realizada com 53.622 pessoas, ser reconhecido pelo líder e ter voz
ativa com o mesmo estão entre os itens que mais motivam os profissionais.
As vantagens de um ambiente colaborativo e de confiança é
promover mais agilidade nas ações – o gestor deixa de ser o gargalo nos
processos. Se todas as decisões tiverem que passar pela aprovação do líder, o
ritmo da entrega de resultados, muito provavelmente, será lento.
“É
muito desmotivador para um subordinado ter que interromper seu trabalho para
pedir a “benção” de seu chefe para tomar qualquer decisão. O profissional se
sente como uma criança monitorada” aponta a sócia da Sisgen Consultoria, Maria
Cristina Costa.
Cultura da organização
A cultura colaborativa e de participação depende
primeiramente do alto escalão da empresa. Se o CEO não compactua com esta
atmosfera, haverá ruídos na gestão da organização como um todo – o discurso não
pode ser diferente da atitude do dia a dia.
“Um bom gestor deve ter consciência que não é o melhor
entre as habilidades e competências necessárias na equipe, mas sim o
profissional capacitado para delegar tarefas e saber quem são os membros mais
capazes de executar determinados projetos”, comenta Luiz Wever.
A presença de um líder que saiba delegar tarefas e que dê
autonomia é essencial, pois desta forma os membros da equipe aumentam suas
oportunidades de crescimento dentro da empresa e no desenvolvimento profissional,
além da satisfação pessoal, que hoje é algo fundamental.
Publicado no Portal Carreira
& Sucesso. Publicação digital da Catho, em 11/10/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário