terça-feira, 10 de maio de 2011

ÉTICA E PROCESSO DECISÓRIO

Por Plínio José Figueiredo Ferreira

“Os problemas que existem no mundo não podem ser resolvidos a partir dos modos de raciocínio que deram origem aos mesmos”. ALBERT EINSTEIN

Definição de ética (Novo Dicionário Aurélio):
Estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto.

Uma decisão inicia ações que gerarão a necessidade de novas ações. Aquelas decisões frequentemente afetam o bem-estar individual e social e, portanto, têm importantes impactos éticos sobre os envolvidos.
A ética só será real quando partir de cada um de nós. Comportar-se eticamente depende, em primeiro lugar de reconhecer a existência de questões éticas. E aí entra a discussão se a ética na tomada de decisões é absoluta ou relativa.
As decisões podem ser avaliadas num sentido relativo, podendo-se determinar, por exemplo, se elas são corretas à luz dos objetivos a que visam. Quando os objetivos mudam, os critérios de avaliação também mudam. Entra o julgamento.
Quando a tomada de decisões é autocrática, o que acontece muito em diversos modelos de gestão, os indivíduos estão sujeitos ao comportamento ético do tomador das decisões.
Quando a tomada de decisões tem mais de um envolvido, as decisões dos outros terão que ser incluídas entre as diversas opções que devem ser consideradas.
A falta de percepção do limite da ética pode levar ao desvio de conduta. Aqui nasce a corrupção, que é um ato coletivo da sociedade, mas é executado na dimensão dos indivíduos.

Muitas organizações passaram a dar à ética o caráter de ferramenta gerencial de controle disciplinar, ficando o exercício da ética restrito à descoberta de fraudes e outros crimes corporativos. Muito raramente a ética está relacionada a efeitos nocivos à sociedade de forma mais global, como os problemas causados ao meio ambiente, cujas conseqüências estão aí à vista de todos. Isto fica mais complicado quando na “lista de condutas antiéticas” dificilmente estão relacionados todos os casos. Assim, sempre haverá o perigo de os funcionários pensarem que tudo que não está escrito é considerado ético e legítimo.
Segundo Fábio Bittencourt, “o exercício da ética deve partir de uma reflexão cotidiana, permanente, dos efeitos causados por cada ação, por cada tomada de decisão”.
Fazer ou praticar o exercício da ética é exercer e permitir que todos exerçam a sua cidadania no sentido mais amplo, isto é, tomar decisões e acatar decisões que melhorem sua vida e a vida das pessoas, de todas as pessoas, das que estão vivas hoje e das que viverão amanhã; tomar decisões no sentido de haver desenvolvimento humano e social presente. As ações de hoje terão conseqüências benéficas no futuro porque propiciarão um crescimento econômico e social sustentado e sustentável.
Assim viveríamos em uma sociedade menos perversa com oportunidade para todos, sem os privilégios hipócritas que permanecem desde o Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves.

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