terça-feira, 30 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA E ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

SIMPLESMENTE UMA REFLEXÃO

 

No início dos anos 2000 as Universidades criaram disciplinas para estudar empreendedorismo, e as Empresas passaram a cuidar dos intra-empreendedores como “aqueles que fazem”, “aqueles que fazem diferente” e “aqueles que fazem a diferença”.  Eles têm alguma coisa diferente dos outros? Traços? Características? Atitudes?  Comportamentos?  Valores? Motivação?

Os traços e as características de comportamento empreendedor devem ser identificados desde cedo, e o desenvolvimento incentivado, como ajuda, para que o jovem, a partir dos 12 anos, defina com mais segurança a carreira a ser seguida, e onde ele possa usar todo o seu potencial criativo.

Cabe ao professor, independentemente do nível em que o aluno esteja identificar, em cada um, o grau de motivação para a realização e, como dizia Peter Drucker – “a energia, os recursos e o tempo que devem ser dirigidos para transformar uma pessoa competente em um astro de desempenho”. Isto significa incentivá-lo ao autogerenciamento da carreira, a analisar suas próprias forças e seus próprios valores, a encontrar o lugar a que pertence, a descobrir a contribuição que pode dar e assumir responsabilidades consigo mesmo, e com os outros, ter nítida a diferença entre o que deseja fazer e o que tem de ser feito (o que a circunstância pede), visando resultados significativos que façam diferença, sejam alcançáveis dentro de um horizonte temporal e que possam ser medidos.

Citando, mais uma vez, Peter Drucker – “o segredo não está em tentar mudar a si mesmo, pois o sucesso é pouco provável nesse caso, mas sim em conhecer e explorar seus pontos fortes”.

Tudo isto não vai eliminar a ansiedade da escolha ou mesmo torná-la fácil e cartesiana; a subjetividade permanece. Acredito que isto irá reduzir o número de profissionais medíocres por terem deixado seus pais escolherem suas carreiras ou pela “escolha” ter sido feita por pressão deles ou pela tradição da família, e ainda “pelo mercado”. Assim, o profissional terá o diploma (que prefiro substituir por conhecimento) por ele escolhido.

Eu deixei que os meus filhos fizessem a escolha deles; deixei que eles exercitassem o autogerenciamento. Sem qualquer dose de “corujice”, afirmo, com segurança, que são profissionais competentes, felizes e realizados em suas respectivas atividades.


Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira


2 comentários:

  1. Plinio,

    Acho que pior do que seguir carreira por influência dos pais (também não sou pai coruja mas os meus filhos nao passaram por isso e se deram bem)é fazer uma escolha baseada apenas nas perspectivas de retorno financeiro, muitas vezes influenciados pela mídia.

    [ ]s
    João Dias

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  2. Plínio e João Dias,
    eu mesmo sou um exemplo do comentário anterior. Meus pais nunca me pressionaram para seguir uma determinada carreira, mas aprendi com meu pai a trabalhar com gráfica pois, como ele sabiamente dizia, "quem conhece uma profissão não passa fome". Mas, quando resolvi fazer vestibular, por influência da mídia e de alguns parentes, que diziam "faça jornalismo porque você escreve bem", acabei estudando pra isso e me decepcionando. Mais tarde acabei fazendo um curso tecnológico em Redes de Computadores, apenas para "satisfazer o meu ego" e trabalhando como bancário - ou seja, nada a ver... =D
    Estou até pensando em voltar para o ramo gráfico, com a evolução dos métodos de impressão digital, e entrar no segmento editorial. Aí, sim, se aliam a escrita, a tecnologia e o conhecimento do mercado de crédito e investimento, acumulados ao longo dos anos.

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