terça-feira, 28 de setembro de 2010

EMPREGABILIDADE E EMPREENDEDORISMO

Muito se tem falado que o conceito de emprego mudou e no século XXI a palavra correta é empregabilidade. Para que isto não fique apenas no campo semântico é necessário haver uma mudança de comportamento e postura em relação às atividades que o indivíduo desenvolve como tarefas diárias. A “vaquinha de presépio” não tem mais lugar nas empresas inovadoras da era da informação, cuja especialização funcional tem que estar integrada a processos de negócios focados no cliente. Neste momento, a empresa deve estar atenta para algumas características de comportamento dos executivos, desde o nível mais alto até o chão da fábrica.

Estou convencido de que aquelas características de comportamento a serem verificadas são as mesmas que são identificadas nos chamados empreendedores, isto é aqueles que têm negócios próprios e bem sucedidos. Dentro das empresas são os “intrapreneurs”, aqueles que fazem, fazem acontecer, fazem a diferença. Significa dizer que “aqueles que fazem” não vêem a sua relação com a empresa que trabalham como uma simples relação de emprego, e sim, como um espaço físico e de tempo para aplicar toda sua energia (num sentido amplo) e o fazer até quando for lucrativo para ambas as partes, ou seja, até enquanto houver convergência de objetivos. Aquelas pessoas agem como “donos do seu negócio” e o seu negócio é a sua capacidade de realização, a sua competência, o produto cujo cliente é a empresa onde, no momento, elas trabalham ou prestam serviços.

A ONU identificou, através de estudos, 30 características de comportamento encontradas nas pessoas empreendedoras. Impossível encontrar todas elas numa só pessoa; bastante possível adquiri-las e desenvolve-las, desde cedo, através de treinamento e disciplina. Existem duas que são básicas e servem de suporte para o “surgimento” das demais ou como ponto de partida para identificar aqueles que agem como “donos dos seus narizes”:

1.      Define e trabalha com metas alcançáveis e estabelece o plano de negócio;
2.      Tem persistência e se compromete com os resultados.

Os dois itens acima resumem o que chamamos de pensar e agir estrategicamente; o objetivo é definido, bem como as formas alternativas para alcançá-lo. Nada se consegue sem persistência e comprometimento com o que se quer atingir.


Quem é empreendedor tem visão estratégica ou quem tem visão estratégica é, inevitavelmente, um empreendedor?
Dentro da empresa, isto é uma das verdades que muitas pessoas não querem acreditar. Sugiro que comecem, pelo menos, a pensar sobre ela.

Àqueles que já entendem o conceito de empregabilidade, sugiro que se aperfeiçoem, cada vez mais, determinem seu foco, estabeleçam seus objetivos, definam as estratégias para alcançá-los, comprometam-se com eles observando a realidade do mercado e, finalmente, planejem para monitorar os resultados.
Tornem os sonhos em realidade senão eles permanecerão apenas como desejos.


Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira

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