quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Espritualidade nas Empresas - O Novo Papel do RH


Há algum tempo, li uma matéria que abordava o novo perfil do RH que deveria, inclusive, estar preocupado com o papel social da empresa e, para tanto, haveria de estar atento a coisas como a espiritualidade e levá-la ou trazê-la para dentro das organizações.
Sou administrador de empresas há 30 anos, por vocação e profissão; cristão por formação; espiritualista por convicção; diplomado terapeuta REIKI, pela R.A.I. e participo de um grupo de estudo e prática de harmonização energética.

Em épocas, nem tão remotas, surgiu a figura do Chefe como aquele ser que, a exemplo de Deus, era o melhor, o mais sábio e liderava seus comandados nas batalhas (era o comandante dos exércitos). Aos poucos, aquela liderança, movida por um ideal, foi dando lugar ao comando, puro e simples, com base, tão somente na autoridade autocrática; os outros faziam o que o rei (agora, rei) mandava porque ele era investido de poder divino (feudos, castas, brasões, etc.). Deve ter sido nesta época que surgiu a máxima muito utilizada no exército (e eu estudei no Colégio Militar!) – “o superior nunca erra, ele se engana; por culpa do subordinado”. Assim, a visão mecanicista foi se difundindo e, até hoje, continua sendo a tônica de muita empresa por aí afora e de muitíssimas outras neste meu Brasil varonil!

Mas, alguém, felizmente com credibilidade, voltou a falar (no campo do comportamento humano, muitas coisas vêm sendo redescobertas) na necessidade de haver respeito entre as pessoas que trabalham em uma empresa, ética nos negócios, estimular o diálogo, visão Holística e valorização dos “recursos humanos”.
Redescobriu-se que o ser humano, embora chamado de recurso, é o principal agente de uma organização e que ele, em que pese ser comparado a uma máquina, PENSA, é mutável e transmutável, porque é energia e, assim sendo, reage às mudanças energéticas do ambiente em que vive como autor e ator.

Uma inquestionável realidade é que o ser humano não pode, não deve e não quer ser visto como uma engrenagem da máquina (vocês lembram do filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin?), cujo combustível é o salário e somente o salário. Ele precisa de algum aditivo, de algum “plus”; uns mais outros menos. Ele precisa estar motivado para agir e a sua motivação e as suas reações serão diretamente proporcionais ao sentimento de ser tratado como ser humano também espiritual (stricto sensu) e forma de energia, condensada e radiante, como diria Einstein.


Por isso, entre outras coisas, é que o papel do RH do 3º milênio não é estar preocupado com a integração do funcionário, via treinamento (ensinar a apertar parafuso!) e, sim fazê-lo sentir-se engajado na busca de um sentido, de um propósito, de valores pessoais, de sabedoria, de meios para expressar tudo aquilo e de constante aprendizagem sobre seus parceiros e semelhantes.

Alguns podem achar este texto, puro delírio, mas é só querer enxergar que a necessidade de mudar é necessária e urgente; é só querer acompanhar a rapidez das mudanças e não ter medo de mudar – “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Portanto, ter a espiritualidade na empresa não é nada sobrenatural; faz parte dos novos modelos que remontam há milênios atras. É só utilizá-los com uma visão humana (ou espiritual).

 Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira

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