quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A EMPRESA NO TERCEIRO MILÊNIO



A Teoria da Administração surgiu pela observação do funcionamento da “empresa”, dos seus processos e da necessidade de sistematizar procedimentos que viessem a facilitar a execução das tarefas, principalmente aquelas ligadas à produção - manuais de fabricação.
Alguém “descobriu” que se colocasse em ordem ou organizasse os passos, os eventos, as etapas, haveria mais rapidez na produção e, como conseqüência, poder-se-ia criar alguma forma de medir também, o desempenho do operário.
Com o passar dos tempos, o avanço do conhecimento e o desenvolvimento da tecnologia, ou vice-versa, permitiram sistematizar o levantamento de dados e seu armazenamento, obtendo as informações básicas através de pesquisa, comparação e cruzamento de dados, surgindo os modelos que foram se transformando na teoria que, hoje, é por demais discutida, criticada e “aperfeiçoada” em nome dos novos, embora velhos, modelos com nomes e enfoques diferentes, mas com o mesmo objetivo inicial - facilitar a execução das tarefas rotineiras e tão somente elas.

Mas, onde fica o pensamento estratégico?   A visão estratégica?  O planejamento?
Os dirigentes de empresas dotados ou munidos de visão estratégica dimensionam o horizonte temporal do planejamento e traçam as diretrizes que farão com que os objetivos de curto e de longo prazos sejam alcançados, não sem antes definir a missão da empresa. Muito bonito!
Como planejar em um ambiente de incerteza? Como definir, com a menor margem de erro, aquele horizonte temporal? Como quantificar o “pluri” do plano plurianual?
No plano qüinqüenal do Governo, nos anos 50; pelo menos o tempo era definido claramente – 5 anos; se houve seriedade ou competência na elaboração do plano, isto foi visto 50 anos depois.

Qualquer tipo de planejamento inicia-se com as seguintes questões:

1.    Quem é ou o que é a empresa?
2.    Quais os seus objetivos?
3.    Onde a empresa está em relação à concorrência e ao setor de atividade?
4.    Onde deverá estar daqui a “n” anos?
5.    Como e o que fazer para chegar lá? Ou permanecer onde está?
6.    Redireciona seu foco? Ou redefine o seu negócio?

As respostas servirão para os planejadores iniciarem o exercício (que não se trata de futurologia) de identificar as competências básicas que serão o alicerce para a tomada de decisões em condições de incerteza, gerenciar as mudanças e pensar no estabelecimento de alianças e parcerias estratégicas.

A empresa no terceiro milênio é aquela que sobreviveu às mudanças no ambiente globalizado e competitivo porque soube, ao menos, adaptar-se a elas e gerenciá-las estrategicamente. Portanto, a grande competência das empresas que deve ser explorada, agora, é a capacidade de permanecer pró-ativa e seus executivos caminharem em sentido contrário ao da mesmice e da estagnação. Isso é conseguido através de aprendizado constante e contínuo, jamais esquecendo que no mundo existem muitas verdades. O melhor guia é a verdade da própria empresa, mas ela tem que ser verdadeira.

Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira

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