A Teoria da Administração surgiu pela observação do funcionamento da “empresa”, dos seus processos e da necessidade de sistematizar procedimentos que viessem a facilitar a execução das tarefas, principalmente aquelas ligadas à produção - manuais de fabricação.
Alguém “descobriu” que se colocasse em ordem ou organizasse os passos, os eventos, as etapas, haveria mais rapidez na produção e, como conseqüência, poder-se-ia criar alguma forma de medir também, o desempenho do operário.
Com o passar dos tempos, o avanço do conhecimento e o desenvolvimento da tecnologia, ou vice-versa, permitiram sistematizar o levantamento de dados e seu armazenamento, obtendo as informações básicas através de pesquisa, comparação e cruzamento de dados, surgindo os modelos que foram se transformando na teoria que, hoje, é por demais discutida, criticada e “aperfeiçoada” em nome dos novos, embora velhos, modelos com nomes e enfoques diferentes, mas com o mesmo objetivo inicial - facilitar a execução das tarefas rotineiras e tão somente elas.
Mas, onde fica o pensamento estratégico? A visão estratégica? O planejamento?
Os dirigentes de empresas dotados ou munidos de visão estratégica dimensionam o horizonte temporal do planejamento e traçam as diretrizes que farão com que os objetivos de curto e de longo prazos sejam alcançados, não sem antes definir a missão da empresa. Muito bonito!
Como planejar em um ambiente de incerteza? Como definir, com a menor margem de erro, aquele horizonte temporal? Como quantificar o “pluri” do plano plurianual?
No plano qüinqüenal do Governo, nos anos 50; pelo menos o tempo era definido claramente – 5 anos; se houve seriedade ou competência na elaboração do plano, isto foi visto 50 anos depois.
Qualquer tipo de planejamento inicia-se com as seguintes questões:
1. Quem é ou o que é a empresa?
2. Quais os seus objetivos?
3. Onde a empresa está em relação à concorrência e ao setor de atividade?
4. Onde deverá estar daqui a “n” anos?
5. Como e o que fazer para chegar lá? Ou permanecer onde está?
6. Redireciona seu foco? Ou redefine o seu negócio?
As respostas servirão para os planejadores iniciarem o exercício (que não se trata de futurologia) de identificar as competências básicas que serão o alicerce para a tomada de decisões em condições de incerteza, gerenciar as mudanças e pensar no estabelecimento de alianças e parcerias estratégicas.
A empresa no terceiro milênio é aquela que sobreviveu às mudanças no ambiente globalizado e competitivo porque soube, ao menos, adaptar-se a elas e gerenciá-las estrategicamente. Portanto, a grande competência das empresas que deve ser explorada, agora, é a capacidade de permanecer pró-ativa e seus executivos caminharem em sentido contrário ao da mesmice e da estagnação. Isso é conseguido através de aprendizado constante e contínuo, jamais esquecendo que no mundo existem muitas verdades. O melhor guia é a verdade da própria empresa, mas ela tem que ser verdadeira.
Escrito por Plínio José Figueiredo Ferreira
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