HIGHLIGHTS
“O que é gestão, senão analisar situações, estudar possibilidades, fazer escolhas e implementá-las”?
“Decisão por fuga é quando o responsável pela decisão demora tanto para agir que o problema se resolve sozinho – para o bem ou para o mal. Esse método se opõe à decisão por resolução (a típica nas teorias clássicas) e à decisão por previsão (quando se engatilha a solução como precaução para um possível problema)”.
“Vários estudos identificam o fenômeno da ”polarização”: as discussões costumam potencializar a visão predominante dentro do grupo. Isso torna as decisões coletivas ainda mais suscetíveis às armadilhas de tomada de decisões. O risco é maior nos grupos mais coesos, que tomam decisões secretas, sujeitos a estresse e sob uma liderança forte”.
“Pesquisadores dizem que altos executivos são obrigados a confiar mais na intuição, porque as decisões que tomam são mais conceituais e eles geralmente lidam com situações únicas em que não há muitos dados para a orientação. A intuição pura está de um lado do espectro do processo de tomada de decisões. Do outro lado está a análise absolutamente racional das alternativas, a comparação com critérios previamente estabelecidos e a escolha daí decorrente. Os dois opostos têm uma característica em comum: não existem na vida real. Mesmo a mais pura das intuições tem de se basear em informações racionais – por menos explícito que seja o conhecimento do decisor”.
Há um descasamento entre o processo formal de tomada de decisão e como a decisão efetivamente ocorre. A intuição é responsável pela definição da escolha final em grande parte das decisões corporativas. (VALÉRIA NOGRETI)
Certamente a intuição tem suas vantagens. Uma delas, óbvia, é a velocidade. Outra é que as decisões levam em conta o que realmente importa para você. Uma terceira vantagem: a decisão assim tomada leva diretamente à ação. (PAUL THAGARD)
Limitações à racionalidade ou racionalidade limitada: em vez de considerar todas as alternativas, os decisores tipicamente consideram apenas algumas, e não as analisam simultaneamente, mas uma de cada vez. Na prática, não calculam a melhor ação possível e sim uma ação que seja boa o bastante. (HERBERT SIMON)
Nenhuma evidência apoia o mito de que o executivo é um planejador sistemático e reflexivo. (HENRY MINTZBERG)
Eles raciocinam primeiramente em termos de solução e só então é que tratam de encontrar um problema em que ela se encaixe.
Existe uma grande confusão entre o que sejam a situação, o problema, as causas, as manifestações, os sintomas e as soluções. (MICHEL FIOL)
Nas reuniões nas empresas, é comum não estarem as pessoas que deveriam decidir. Vão as que têm mais status.
A maioria das reuniões também não tem locação de tempo para as discussões. Os executivos ficam horas falando, sem ouvir um ao outro. No final, sobram 10 minutos para resolver uma pauta de 15 itens. (THOMAS WOOD Jr.)
“Decisões em grupos de coalisões fixas são menos sobre o assunto que está na mesa do que sobre assuntos que estão debaixo da mesa. E o que opera debaixo da mesa são estruturas emocionais”.
Decisores procuram informações, mas eles veem o que esperam ver e não prestam atenção ao inesperado. (JAMES MARCH)
Cada pessoa inicia o processo de decisão por um ponto diferente. Um tipo afetivo sempre pensa primeiro no impacto sobre as pessoas; o reflexivo analisa o quadro geral antes de qualquer coisa; o racional tenta dar conta de dados objetivos; um pragmático tende a ir direto para a implementação.
É muito importante a pessoa conhecer suas características para compensar o viés que naturalmente tem para olhar um problema. (JOÃO MENDES DE ALMEIDA)
“Há outra forma de entender o processo de decisões: como uma lógica de aprendizado de comportamentos e apropriação de identidade. Segundo essa teoria, o processo mental pelo qual passa um decisor não é de avaliação de alternativas, mas sim de reconhecimento da situação (o que está acontecendo), caracterização da identidade (que tipo de pessoa sou, que tipo de organização é esta) e cumprimento de regras (o que uma pessoa como eu faz numa situação como esta)”.
“Numa decisão estratégica não há pressa. O importante é não errar. Já nas decisões operacionais, o importante é a rapidez. Quanto mais rápido errar, melhor. Mais rápido se conserta”.
“Não é à toa que os ignorantes costumam ser bem mais decididos que os sábios”.
Por Plínio José Figueiredo Ferreira
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